cidinho botafogo (Lembra dele?) Cidinho recorda tempos de Botafogo com orgulho: ‘É minha casa, minha vida’

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(Lembra dele?) Cidinho recorda tempos de Botafogo com orgulho: ‘É minha casa, minha vida’

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Por FogãoNET

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Lembra do Cidinho? Promessa do Botafogo, o meia-atacante atuou nos profissionais do clube de 2011 a 2015, mas iniciou sua história no Glorioso com apenas oito anos de idade. Por este motivo, guarda com orgulho e gratidão sua passagem.

Hoje jogando na nas divisões inferiores da França, o jogador de 30 anos deu entrevista ao “+/- Podcast” e recordou histórias dos tempos de Botafogo.

?️ Leia abaixo os principais pontos:

Retomada da base do Botafogo

– Peguei um pouquinho de cada um (presidente), antes não tinha muita visibilidade na base, era deixada um pouco de lado. (O CT de) Marechal Hermes acho que nem existe mais, estava abandonado, hoje é em Niterói. Hoje vejo muitas coisas na mídia falando do Mauricio Assumpção, mas o Botafogo tem que agradecer muito a ele nessa parte, deu valor à base que muitos nem deram, tanto que vieram muitos jogadores revelados depois. Ele e Sidnei (Loureiro) mudaram um pouco essa história. Peguei bastante esse projeto.

– O que ficou guardado para mim foi essa mudança no Botafogo. Ele ia a jogo todo fim de semana, era como um pai, um tio, conversava conosco. Ficou marcado porque não tinha diferença, era botafoguense doente. Guardo as coisas positivas, teve uma ou outra situação que não foi legal, mas tento guardar as partes que me fizeram bem.

Expectativa elevada

– Eu tinha consciência, o futebol faz a gente crescer mais rápido, ter responsabilidade. Desde os 8 anos eu usava a camisa 7, um diretor tinha o sonho de me ver no profissional com a camisa do Garrincha. Tive essa noção que eu era visto como a maior promessa. Foi bom, não foi o que me atrapalhou. O que atrapalhou foram duas lesões no joelho no profissional. Mas o Botafogo é minha casa, minha vida.

Como chegou ao profissional?

Caio Júnior, técnico da Chapecoense no acidente, lembro até hoje que ele me chamou, sabe quando você sente quando a pessoa está feliz de te proporcionar felicidade? Na salinha dele já vi a felicidade, falou “avisa a família e empresários que você agora faz parte do profissional”. Saí dali já ligando para o meu pai, para a minha esposa, para todo mundo. Ele fez questão de me dar a notícia boa, ficou feliz, ainda me disse que eu ia jogar o Pan-Americano, que o Ney Franco ia me convocar no dia seguinte. Guardei como coisa boa da pessoa. Quando vi o acidente da Chapecoense, foi como se fosse um pai tivesse falecido. Ele me levou para o elenco, me colocava, estava no bolo. Só tenho agradecer porque foi fera.

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Jogar com astros

– É um processo que é legal, você fica doido, mas não é fácil se acostumar com jogadores de alto nível. Durou umas semanas, ficava quietinho. Você está vendo os caras na TV, de um dia para o outro está com os caras. No vestiário tinha de um lado o Herrera e do outro o Loco Abreu. O Herrera te xingava brincando, do Loco eu tinha medo. Cheio de superstição, é santo, bruxaria (risos), mas é coisa boa. Era uma maluquice.

Seedorf e Cidinho

– Fiquei marcado, fora essa parte de ter machucado e não conseguir estourar como todos os botafoguenses esperavam, pela chegada do Seedorf, na qual faço dois gols sobre o Bahia, ficou o negócio de Seedorf e Cidinho. Quando vejo, me arrepio. Não foi só fazer dois gols, foi um marco. Ele chegando, eu estava vendo Deus, Jesus chegando. Já viu Jesus pretão igual a gente? Ele estava todo de branco. Depois zoávamos ele, mas no começo, quando veio apertar minha mão, eu estava vendo uma entidade. Estávamos escutando que ele ia chegar, pensávamos “vai vir assim do Milan para o Botafogo?” Colocaram ele do meu lado no vestiário. Jogamos contra o Bahia no sábado, na segunda o homem já estava do meu lado. O telefone tocava, ele atendia em italiano, inglês, espanhol, cada uma hora uma língua diferente. Desligava, falava comigo em português. Vivia o clube como se fosse a vida dele, não veio como se estivesse de férias. Nós, cariocas, somos resenha, treina, vai para casa. Ele queria chegar duas horas antes, sair três horas depois. Acabava, sentava, era massagem, fisioterapia, musculação, me pediam para falar com ele para ver se podia se adiantar porque tinham família e queriam embora (risos).

Jeito de Seedorf

– Ele queria mudar muita coisa, no começo todo mundo vai levando, depois vai cansando. Estava um pouco certo, queria as coisas certinhas, mas nós brasileiros não estávamos habituados. No fim, teve desgaste, o Botafogo se classificou para a Libertadores e ele não ficou. Não conseguia ser do jeito dele, queria que o Botafogo virasse de uma hora para outra o Milan. Não tinha a condição que tem hoje.

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– Quando ele chegou, começou a me cobrar musculação, falava do Davids, que teve lesão, fez e ficou grandão. Me perturbava tanto que eu às vezes fugia dele, queria que eu fizesse barra todo dia (risos). Eu tinha que começar a dar um jeito. Estava ficando igual o Hulk no braço. Já dava volta, fugia dele. Estava muito forte, os caras zoavam que eu ia estourar.

Resenha com Oswaldo de Oliveira

– Nessa época de 2012, papai estava bombando. Joguei contra o Internacional, meti gol, fiz coraçãozinho para minha esposa. Cheguei no vestiário grandão, dei entrevista dizendo que era “grande resultado”. No outro dia reunião, o Oswaldo disse “vocês estão dando entrevista falando que foi bom resultado, seu Cidinho quis fazer coraçãozinho, mas no gol dos caras vê se não foi você que não acompanhou o lateral?”. No próximo jogo, contra a Ponte Preta, eu não descolei do lateral, era o Rodinei, não fez nada. Não dei um chute no gol, mas ele também não fez nada (risos).

Parceria com Maicosuel

– Miacosuel me abraçou bonito. Ele teve questão de lesão no joelho, falaram que ele nunca mais ia voltar. Tínhamos o mesmo empresário, Maico me abraçou, deu roupa de marca, moral, chuteira. Ele nem usava. Ele para mim era o Neymar. Pasamos o mesmo processo de lesão, comíamos junto em General Severiano. Se ele não tivesse essa lesão, era Seleção.

Lesões

– Foi o pior momento da minha carreira, sem dúvida. Estava em ascensão. A gente nunca espera uma coisa dessas, já tinha ido para a Seleção no Pan com 17 anos. Aconteceu a primeira lesão, foi um baque que não desejo para ninguém. Ainda tinha esperança, voltei, joguei quatro ou cinco jogos, machuquei de novo. A primeira foi sozinho em um jogo com o Madureira. Mas sou feliz para caramba na minha vida. Alguns falam “ah, só porque não estourou na Seleção”, mas sou muito feliz na minha vida, com a minha esposa, minhas filhas, minha família, com Mesquita. Posso falar que sou um cara realizado e feliz. É impressionante a quantidade de histórias e resenhas que tenho. É família 24 horas. Sou muito feliz e realizado, nossa família é maluca, doida, mas feliz.

Saída do Botafogo

– Fiquei chateado não com o Botafogo, mas com as pessoas da época. Entendo que acabou acabou. Chegar com oito anos, sair com 22, peguei tudo. Na hora de ir embora, não teve um obrigado, um agradecimento, nada. O Botafogo foi minha vida, não teve nada, mas não é o clube, são as pessoas. O contrato acabou, ninguém me falou nada. Mas não ter um final ficou estranho, foi negativo. Arrependimento não, mas um “valeu, segue seu caminho”. O Botafogo foi minha vida, sou botafoguense. Hoje sou feliz para caramba. Estou cheio de saúde, a vida tem que seguir. Se largar na dificuldade, não vai seguir. Tenho duas crias, não posso dar mole.

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Sequência na França

– Na França, cheguei jogando bem, fazendo gol. Aí acontece de ter um último jogo da temporada na sexta, no treinamento de quinta estouro o joelho de novo. Aí minha vida mudou. Quando tive que operar, machuquei na França, comecei a rever. Não parei, o clube me deu suporte. O contrato acabou, mas eles falaram que iam me recuperar e me ajudar se eu quisesse ficar no país. Aí decidimos ficar lá, com o pessoal dando apoio. Faz uma falta do caramba estar longe da nossa estrutura, família e lar. Meu lar é Mesquita.

– Voltei uns nove meses depois, meu time hoje não é de alto nível, igual ao que chegava quando cheguei na França, na Segunda Divisão. Vou ficar lá, jogar em time legalzinho, normal, e seguir minha vida. Para um outro time me contratar tenho que estar em alto nível. Faço uns golzinhos, mas hoje não estou na mídia, não estou em alto nível. Estou me preparando para seguir no futebol, mas vi que minha vida é aqui (Brasil). Me falam para ficar lá, mas também tem dificuldade e não tem a resenha do fim de semana com a família. Isso pesa muito. Minha cabeça está mudando bastante para voltar e ver o que posso fazer aqui no Brasil. Gosto muito de Mesquita, perdi muito tempo sem vir aqui, é minha raiz. Nosso lar é nosso lar.

Fonte: Redação FogãoNET e +/- Podcast

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