andrew goleiro Andrew revela ter sido ‘sacaneado’ por pessoas no Botafogo e promete voltar um dia: ‘Dei minha palavra. Não foi um ponto final’

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Andrew revela ter sido ‘sacaneado’ por pessoas no Botafogo e promete voltar um dia: ‘Dei minha palavra. Não foi um ponto final’

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Por FogãoNET

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Resenha com TF/YouTube

Goleiro de 21 anos, Andrew é promissor e tem se destacado no Gil Vicente (POR), a ponto de ser especulado em diversos grandes europeus. O que não ficou tão bem explicado até hoje é por que o Botafogo perdeu o jogador tão facilmente em 2021.

Em entrevista ao canal “Resenha com TF”, Andrew contou os bastidores, revelou ter sido “sacaneado” por pessoas do Botafogo e reclamou de Flavio Tenius, então preparador de goleiros do clube. Ele prometeu que um dia vai retornar.

Comecei a construir minha história no futebol no Botafogo. Fico chateado por não ter feito nenhum jogo no profissional. Joguei no Estádio do Dragão, no Estádio da Luz, perguntam se joguei no Nilton Santos, a resposta é não. Fico chateado, era um dos meus sonhos de criança. Espero sim voltar. Tenho muitos amigos dentro do clube, pegava muito carona com Marcão, assessor de imprensa do clube, Fabinho também me acompanhou muito na base, Vítor Silva fotógrafo, Jamal, os caras são fenômenos. Ia e voltava com Marcão, ele me perguntou se eu ia sair, eu falava com ele “vou, mas vou voltar. Pode ser daqui a cinco, dez, 15 anos, pode ser daqui a um, mas vou voltar”. Dei minha palavra e tenho o desejo de voltar, mais para a frente. Como pessoa e torcedor, voltaria agora. Mas como planejamento de carreira o melhor cenário agora não é voltar. O melhor é fazer a carreira lá fora, me consolidar no futebol, espero que num futuro próximo possa voltar para o Botafogo. Tenho muita vontade e desejo voltar. Não foi um ponto final. Ficou um ponto de interrogação, do nada acabou? Não é um adeus, é um até breve. “Vou ter que sair daqui para mostrar meu devido valor, depois voltar e poder jogar”. Tenho qualidade, potencial, valeria a pena ter investido em mim, mas vou voltar com outra situação, outra visão – disse Andrew, que até hoje acompanha o Botafogo.

A torcida do Botafogo é calorosa, fantástica. Vou aos jogos, sou discreto, fico quietinho no canto, sentindo a emoção, a torcida me arrepia. Fui no jogo do sub-20 e já fiquei pensando, olho no Instagram, saiu projeto de fazer 12 ou 13 campos, seria fantástico. Mesmo de longe estou acompanhando o sucesso do clube, voltou para o cenário, subiu campeão, mostrou a força. A partir do momento que liberou a torcida, sempre está enchendo. Eu com coração gelado pensando que poderia estar ali, poderia viver aquele momento, com a rapaziada da minha época – contou.

? Leia abaixo o longo relato de Andrew sobre a saída:

Baque da saída

– Cheguei ao Botafogo com nove anos, saí com 20, no dia do meu aniversário. Pessoalmente, eu não queria sair. Jogaria a minha carreira inteira ali. Falando como pessoa, sobre o que achava melhor. Foi um presente bom? Para mim, no momento não, não conhecia, não sabia o que iria acontecer, estava indo para o time B (do Gil Vicente). Fiquei triste por sair do Botafogo, deixar minha família e amigos, mas estava empolgado com a nova experiência na minha carreira, animado profissionalmente. Todos os dias tenho o prazer de representar o Gil Vicente, cidade maravilhosa e pessoas maravilhosas.

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Quinta opção

– Tínhamos Gatito, Cavalieri, Saulo, Diego e eu, que era o quinto goleiro. Cavalieri e Gatito estavam machucados, Saulo jogou por um período, depois o Diego. Ele estava jogando porque ia iniciar a temporada jogando, é crucial para goleiro jovem, eu super entendia, porque ia emendar uma temporada na outra, não se ventilava nenhum nome. O clube foi rebaixado. Se eu jogo, era ruim, porque já estava rebaixado. Nunca tive medo, nem receio nem nada. Tenho que ter o entendimento da minha carreira, do que é melhor para mim. Se sou um jogador que o clube aposta, de que vale queimar um jogador? Imagina entra e leva cinco gols para no outro jogo sair? É pior. Não valeria a pena naquele momento jogar.

Chegada de Douglas Borges

– Termina o Brasileiro, três dias começa o Estadual. Era o (Marcelo) Chamusca o novo treinador. Eu jogar seria trocar o carro com pneu andando. Depois de uns quatro ou cinco jogos, poderia entrar, para ver o valor do jogador. Mas jogamos quarta, quinta chegou o Douglas Borges, teve a oportunidade. Eu estava doente, quando volto, já sou terceiro de novo. Quando as coisas iam chegando perto, eu acabava indo lá para trás novamente. Ia sempre ficar à espera, podia demorar uma semana, um mês, um ano, cinco anos. Ia perdendo jogos e projeção, um projeto de carreira. O clube optou pelo Diego, tem coerência, ele é mais velho. Na minha cabeça era segundo, não terceiro. Depois acaba que ele termina o ano como primeiro e o Douglas e o segundo. Eu ia continuar como terceiro.

– Pessoalmente eu não queria sair. Agi na emoção, de não quero ir embora, quero ficar, 11 anos de clube, amado por todos, sem nenhum problema. Estar em Caio Martins, ver ídolos em General Severiano, pensava em colocar minha foto lá. Mas todos os caminhos levaram para a minha saída. Tive a oportunidade do Gil Vicente, profissionalmente era o melhor caminho, com 25 anos posso ter o passaporte europeu.

Conselhos de Jorcey Anisio (ex-preparador de goleiros do Botafogo)

– Eu nunca soube o que se passava entre o treinador de goleiros e o treinador. Pode ser que tenha faltado o “vamos apostar nele”, mas pode ser que o vamos apostar tenha sido no Diego. Andrew vem depois. Tenho muito carinho pelo Jorcey, foi meu treinador quando eu tinha 13 anos, me dava carona, eu era de Caxias, ia treinar no Cefat. Ele passava em São Cristóvão, me dava carona. Foi uma das pessoas que me deu puxão de orelha positivo, me mostrou o caminho que eu poderia trilhar. Falou “você é jovem, pode trilhar esse caminho, ganhar isso e aquilo”. Me deu um estalo. “Com 13 anos é para ficar mais leve, mas quanto antes entender que é profissão é melhor para você”. Pensei “hoje não tenho nada, amanhã posso ganhar um dinheirinho para a minha família, mudar minha vida”. Acredito que ele teve grande importância até para eu ser relacionado para os jogos.

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Tratamento no clube

– Sacanearam? Sim. Fizeram muitas promessas e não foram cumpridas. Falavam “agora você vai jogar” e trouxeram um novo goleiro. Na minha subida real fico treinando, depois que o Botafogo foi rebaixado começo a ir para o banco. Parecia que o clube estava me privando da pressão do rebaixamento. Depois do jogo com o Sport, começo a ir nos últimos jogos. Meus empresários vão no clube, pedem valorização, não financeira, mas profissional. Um projeto de carreira. Falam “vou apresentar”, até hoje estou esperando. Tinha contrato até o fim de 2021, meu empresário chega e fala em renovar o contrato que era até o fim do ano, eles falam “não, é até o outro ano”. Quando viram, tomaram um susto, acabava sim. Eu não ia ficar rico ganhando R$ 20 mil, não ia ficar menos rico ganhando R$ 10 mil. Era projeto, falar que eu fazia parte do profissional, não mais do sub-20. Quando começa o ano, ia fazer uma cirurgia de hérnia, o que o clube faz? Vira para o Ricardo, do sub-20, diz que vou passar por cirurgia, demorar cinco semanas, falam para não contar comigo agora. Acabou o Brasileiro, somos rebaixados, na véspera da cirurgia passo mal com amigdalite, acaba que não faço a cirurgia. Qual é meu pensamento? Já que no profissional não tenho tanto espaço, vou jogar no sub-20. Tinha mais um ano.

– O clube não me deixa jogar no sub-20. Fiquei treinando no profissional, fiquei chateado, bolado, por não jogar. Meu empresário dá prensa no clube pela segunda vez, o clube alega situação da Série B, “vamos ver o que vai acontecer, para no segundo semestre resolver”. Não posso aguardar. E se o clube não renovasse? Ou renovasse por valor x porque eu não ia ter mercado? Quando peço para jogar e o clube não deixa, falo com meus empresários para pelo menos me valorizarem, ficar no profissional. Em uma semana, falam que não vou jogar, no sábado meu empresário entra em contato pedindo para me efetivarem no profissional. Eduardo Freeland, fantástico, fala “vai ser top, confio, acredito nele”. Comunica à comissão técnica, a resposta que recebo é que Flavio Tenius disse que eu estava lá, mas quando o Gatito voltasse eu ia para o sub-20. Pensei “pelo menos vou jogar. No fim do ano é outra história”. Na segunda sai notícia que Gatito ia ser submetido a artroscopia no joelho. Ou seja, ele já sabia. Aí me senti sacaneado. Ele já sabia, como diz que quando o Gatito voltar eu vou para o sub-20? Só no fim do ano?

– Ali entendi que meu tempo estava se acabando, meu processo estava chegando ao fim. No meio disso tudo, o clube contrata o Igo Gabriel de empréstimo do CSA. Na minha cabeça, “estou aqui, vou para o sub-20 ser banco”. Não tem por quê. Mas aqui em cima não me efetivam, não me dão posição, meu contrato acaba no fim do ano. Não, amigo, tenho que ir embora, não posso ficar à mercê do que o clube vai querer para a minha carreira. Tenho que me posicionar e me impor. A efetivação foi negada, na segunda sai a notícia que o Gatito ia fazer artroscopia, na terça falam que vou jogar no sub-20. Mas era no time B do sub-20. Fantástico também, tinha bastante tempo que não jogava. Ganhamos de 1 a 0, a Portuguesa teve uma chance clara na pequena área, defendo com o braço, a bola bate e sai. “Não dá mais para ficar vindo aqui segurando a onda”, o treinador da Portuguesa me elogiou, fizemos 2 a 0. Mas avisei ao nosso técnico que não queria mais ficar ali. Mostrei que estava inteiro. Ele ainda tenta me segurar.

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– Joguei no sub-20, perdi o teste do Covid no profissional, não ia poder ir para a estreia na Série B. O Flavio Tenius não me deixou treinar e fazer o teste da Covid no sub-20, uma loucura, perdi os dois jogos. Ali falei que não dava mais para ficar indo e sendo sacaneado. O clube tem total direito sobre o atleta, mas não pode ficar fazendo de gato e sapato. Não pode cagar na minha cabeça. Eu ouvia falarem que o clube apostava em mim, mas não via isso na prática. Aí falei para meu empresário que era hora de procurar coisa nova. A única pessoa que me entendeu foi o Freeland. Já que o clube não quis apostar em mim, eu mesmo apostei. Fui ganhando menos do que no Botafogo. Sei que sou bom, tenho que acreditar no meu potencial. O Flavio não queria me deixar sair do clube, o Conselho também, o CEO (Jorge Braga) não quis deixar, o vice (Vinicius Assumpção também).

– Falei com o Freeland “para mim e para minha família, como ser humano, o melhor hoje é sair. Olha para mim como pessoa, não vou ter raiva de você, mas pode ter ciência que vai estar me atrapalhando”. Ele tenta convencer Jorge Braga, não consegue. O meu empresário ficou ali insistindo, perturbando. “O contrato acaba no fim do ano, tenho proposta do Fluminense no fim do ano e ele pode sair de graça, ou pode sair agora e o clube ficar com percentual. É o melhor cenário”. Demorou mais uma semana, com o Botafogo tentando aumentar porcentagem. Freeland fez um quadro de como estava o mercado para goleiros, nenhum tinha saído com compensação financeira, “não temos como pedir compensação de um jogador que não colocamos para jogar”. Recebia R$ 6 mil no Botafogo, R$ 4 mil líquidos, lá em Portugal eram 2 mil. Depois de muito esforço, me liberaram. Saí porque não vi plano de carreira nem valorização como atleta.

Fonte: Redação FogãoNET e Resenha com TF

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