camisa contra o racismo Botafogo lança campanha e camisa contra o racismo que será usada diante do Brasil-RS

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Botafogo lança campanha e camisa contra o racismo que será usada diante do Brasil-RS

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Por FogãoNET

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Como uma doença, o racismo afeta o bem-estar físico e mental da população negra. Essa é a conclusão de um artigo publicado pelo respeitado periódico médico The Lancet, que classificou a discriminação racial como “uma emergência de saúde pública”. Com atenção a esse assunto, Botafogo e Centrum, multivitamínico número 1 do mundo¹, marca da GSK Consumer Healthcare, estão juntos no lançamento da campanha “Racismo: o vírus da desigualdade estrutural”, uma iniciativa importante e necessária contra o racismo.

Como ação de destaque da campanha para o tema, o Glorioso entrará em campo com uma camisa alusiva ao Dia da Consciência Negra para a partida diante do Brasil de Pelotas, às 16h deste domingo (21), no estádio Bento de Freitas, pela 37ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No uniforme, as tradicionais faixas alvinegras se tornam gráficos que evidenciam a desigualdade racial e os efeitos do racismo na saúde da população negra.

“Essa ação é de grande relevância para a sociedade e entendendo isso, tivemos total apoio da Estrelabet, que cedeu a posição de master para a Centrum e ainda contribuirá também com o debate sobre o tema de racismo no futebol. O clube fica muito feliz em poder colaborar de alguma forma com as discussões sobre o tema e ainda contar com o apoio irrestrito dos seus parceiros.”, afirma Lênin Franco, Diretor de Negócios do Botafogo.

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No Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde, publicada em 2018, revelou que jovens negros do sexo masculino com idades entre 10 e 29 anos são os que encaram o maior risco de morrer por suicídio. A probabilidade de tirar a própria vida nesse grupo é 45% maior do que entre jovens brancos na mesma faixa etária.

No futebol, os crimes discriminatórios também seguem crescendo. Estudo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol aponta para um aumento de 70% nas ocorrências entre 2018 e 2019, quando foram registrados 150 casos. Dentre as modalidades esportivas, o futebol concentra 90% dos casos de discriminação, sendo dois terços deles por racismo.

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A iniciativa do Botafogo e de Centrum, mais uma ação que integra o projeto Botafogo Seguro, volta a explorar o amplo potencial do futebol como ferramenta de conscientização coletiva, desta vez com foco na inclusão social e na luta contra a violência e a discriminação racial. O objetivo é debater, alertar e educar torcedores, amantes do futebol, profissionais dos clubes, jornalistas e toda a população brasileira sobre a discriminação racial dentro e fora de campo.

“Nosso propósito enquanto empresa é entregar a melhor saúde todos os dias com humanidade. E nós buscamos colocá-lo em prática por meio de cada iniciativa das nossas marcas. Dessa vez, a partir da parceria com o Botafogo, recorremos ao alcance do esporte mais popular do planeta para alertar a sociedade sobre o impacto da discriminação racial na saúde e no bem-estar da população negra. Precisamos ter em mente que a prevenção começa com uma mudança de atitude”, diz Juan Katz, Diretor de Marketing da GSK Consumer Healthcare Brasil.

Manto da denúncia da desigualdade

Umas das ações mais impactantes da campanha é justamente o “Manto da Denúncia da Desigualdade”, uma camisa confeccionada especialmente para reforçar as mensagens do Dia da Consciência Negra e que será usada durante o jogo contra o Brasil de Pelotas.

Uma mudança na composição das listras alvinegras, que torna desigual a distribuição das faixas claras e escuras, transformando-as em gráficos e conferindo uma cor predominantemente branca ao uniforme do Botafogo, demonstrará como a desigualdade não apenas se impõe, como também oprime a população negra no Brasil. Em parceria com Centrum, que ocupará o espaço máster do uniforme durante essa ação, o clube estampará na camisa a importância do combate ao racismo, além de transmitir o recado de que em um país desigual, o preconceito fica claro.

“O objetivo da campanha é novamente recorrer ao futebol, uma verdadeira paixão nacional capaz de impactar centenas de milhares de torcedores Brasil afora, para dar alguns passos adiante no combate ao racismo. Um caminho longo, porém necessário, já que embora 84% dos brasileiros afirmam perceber o racismo, apenas 4% admitem ser racistas”, afirma Rafael Jones, Head de Mídia, Digital e Agências da GSK Consumer Healthcare Brasil, citando dados do Instituto Locomotiva.

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Após a partida do dia 21, os uniformes usados em campo serão autografados pelos atletas e leiloados pela plataforma MatchWornShirt, com lucro integralmente revertido para o Observatório da Discriminação Racial no Futebol – que destinará o valor arrecadado para projetos que combatam o racismo no esporte.

A camisa do Botafogo confeccionada especialmente para o Dia da Consciência Negra será vendida exclusivamente na loja oficial online do clube (loja.botafogo.com.br). Serão disponibilizadas 1.000 unidades ao todo, com pré-venda somente para sócios-torcedores até a próxima terça-feira (23/11). As camisas vendidas na pré-venda serão enviadas aos compradores a partir dessa data. O preço da camisa masculina será de R$ 259,90 e da feminina, de R$ 249,90. Os sócios terão descontos de até 20%, conforme o plano adquirido.

Para chamar ainda mais a atenção para a importância de ser antirracista (mais do que não ser racista), como disse a ativista negra Ângela Davis, a campanha ainda contará com a distribuição de kits com conteúdos de conscientização sobre o racismo para influenciadores digitais parceiros. Os kits incluirão um depoimento em vídeo de Altair Lira, mestre em saúde coletiva, professor substituto da UFBA (Universidade Federal da Bahia) de 2017 a 2018 e ativista no campo da saúde da população negra.

“Criamos uma campanha que busca chamar a atenção para o racismo de uma forma jamais explorada antes no âmbito do esporte. Para fortalecer uma mensagem contra o racismo, a discriminação e a desigualdade racial, utilizamos o próprio desenho da clássica camisa do Botafogo, uma peça icônica e reconhecida por todos os amantes do futebol brasileiro. Distorcemos suas listras alvinegras para causar espanto sobre o quanto a discriminação ainda se impõe e causa danos à saúde da população negra”, diz Ricardo Levy, presidente da Owly e diretor de criação da campanha.

Racismo também afeta a saúde

A discriminação racial não se limita a questões sociais, educacionais ou de segurança pública. O racismo gera ainda outros malefícios à população negra, provocando diversos danos à saúde.

O racismo, a discriminação e a rejeição geram problemas mentais. A chance de suicídio é 50% maior entre jovens e adolescentes negros do sexo masculino, enquanto o risco de desenvolver depressão é 45% maior na população negra, de acordo com dados da cartilha Óbitos por Suicídio entre Adolescentes e Jovens Negros, lançado pelo Ministério da Saúde.

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O racismo também gera problemas renais. Um estudo da Fundação Nacional de Rim dos Estados Unidos aponta que a insuficiência renal entre os negros é três vezes maior do que entre os brancos, enquanto os pacientes negros representam 35% de todos os que precisam de diálise. Outros danos à saúde também são maiores na população negra, a exemplo da taxa de inflamação nos afro-americanos (50% maior), segundo a pesquisa Vigitel 2018 – População Negra.

“A luta contra o racismo é de toda a sociedade, e o envolvimento do Botafogo na luta antirracista é importante demais, pois através dos clubes de futebol as vozes são ampliadas e chegam a todas as camadas da sociedade. E aqui nessa ação tem uma reflexão importante, que reforça o quanto o racismo adoece a população negra. Racismo mata, causa desigualdade e adoece – e isso precisa ser cada vez mais discutido por todos”, diz Marcelo Carvalho, diretor e criador do Observatório do Racismo no Futebol.

Fonte: Site oficial do Botafogo

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