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Investidor do Botafogo, John Textor vê potencial no futebol brasileiro, mas cita Premier League: ‘Divide o dinheiro de contratos de transmissão de maneira mais justa’
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Por FogãoNET
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Empresário americano, John Textor conhece de perto a Premier League, por ser acionista do Crystal Palace. Investidor da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo, ele foi perguntado no programa “CNN Soft Business”, da CNN Brasil, sobre a diferença entre os campeonatos no Brasil e na Inglaterra. E foi claro na resposta.
– Ah, o contrato de transmissão. Muito se fala sobre a Premier League como “o maior campeonato com os melhores jogadores”, mas apenas é o maior campeonato porque eles se organizaram muito bem entre os acionistas. Eles são inimigos no campo, mas são amigos e parceiros na sala da diretoria. E essa organização, o valor de produção, eles produzem jogos que são atraentes para audiências no mundo inteiro, eles são muito conscientes. Eles pensam em tudo, desde a câmera, a iluminação, lentes, comentaristas… Para produzir eventos que o mundo quer assistir. E porque eles se organizam melhor, eles dividem o dinheiro “cascata abaixo” entre os clubes da Premier League, sabe, de maneira mais justa. Assim, os grandes times podem ganhar dinheiro com as suas marcas e produtos oficiais que podem ser vendidos no mundo inteiro. Porém, quando se trata do principal gerador de receita para a maioria dos times os contratos de transmissão são divididos de forma muito justa – explicou Textor.
– Então, por que o futebol brasileiro não é uma Premier League? Isso tem a ver com o nível de colaboração e coordenação entre os líderes do futebol no Brasil e seria ótimo se eles seguissem alguns exemplos da Premier League, pois eu acho que as pessoas querem assistir ao futebol brasileiro – acrescentou.
O empresário vê potencial no Botafogo e destaca principalmente a força quem tem sua torcida.
– A parte mais valiosa de qualquer time, na verdade, não é o time. É o público. E de onde eu venho, minha empresa Facebank é apenas um exemplo, há muitos outros. Contudo, eu acho que o público é sempre mais valioso que o clube. O que estou me referindo é ao que as pessoas fazem entre os jogos, elas vão para o trabalho, elas amam, elas vivem, elas riem, elas assistem a outro tipo de entretenimento, engajam-se nas mídias sociais, mas ainda são torcedores do Manchester United, são sempre torcedores do Botafogo. São fiéis ao clube, o que é diferente de qualquer grupo de afinidade que eu já vi. Mas você pode mostrar a eles uma gama de aplicativos e tecnologia focada no consumidor, coisas bem escaláveis, e através de um grande audiência, digamos que, a partir de dois a quatro milhões de torcedores do Botafogo, você consegue alcançar os 40 milhões de torcedores do Manchester United ou de um dos nossos concorrentes. Isso é como nós, no Botafogo, podemos usar a tecnologia para impulsionar os aplicativos de consumo, que são muito escaláveis, muito rentáveis, para ampliar nossa audiência e aí comercializar e monetizar audiências no mundo inteiro, que podem ter conhecido sobre nossos aplicativos por meio do Botafogo – finalizou.
Fonte: Redação FogãoNET e CNN Brasil
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