lucio flavio botafogo Lucio Flavio conta bastidores do que deu errado no Botafogo em 2023 e diz: ‘Depois da minha saída, time teve queda de rendimento nas partidas finais’

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Lucio Flavio conta bastidores do que deu errado no Botafogo em 2023 e diz: ‘Depois da minha saída, time teve queda de rendimento nas partidas finais’

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Por FogãoNET

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Hoje técnico da Aparecidense, Lucio Flavio deu entrevista ao canal “Nosso Futebol“, falou sobre seu clube atual e bastante sobre o Botafogo, onde foi jogador e treinador interino. Ele contou bastidores da temporada 2023, que quase terminou em título brasileiro, mas gerou frustração pela derrocada no fim.

Lucio Flavio revelou que tentou mudar a ideia de Bruno Lage de alterar o estilo de jogo do time para propositivo, crê que “escolhas feitas pelas pessoas do próprio clube” foram determinantes e comentou sua saída.

Quando assumi no Botafogo, na saída do Bruno Lage, ter a sequência que tivemos, jogos com Palmeiras, Vasco e Grêmio pesaram muito em relação à margem que o Botafogo tinha. Mas, se for ver os jogos em si, em nenhum deles o Botafogo jogou pior que o adversário. Contra o Palmeiras, a equipe foi melhor no primeiro tempo, teve situação de expulsão, pênalti que perdemos. O jogo com o Vasco foi atípico pelo emocional contra o Palmeiras. E contra o Grêmio vencíamos por 3 a 1 e houve a virada. Ali houve um peso para ter essa saída. Depois da minha saída, do jogo com Red Bull Bragantino, se for ver em termos de percentual de pontuação ou de capacidade, o time até teve queda boa de rendimento nas partidas finais – argumentou.

Leia outras respostas de Lucio Flavio:

Gestão do elenco
– Em relação a gerir o grupo, foi muito tranquilo, porque o Botafogo, a partir do momento que se transformou em SAF, mudou sua característica em relação a contratação de jogadores. É fato que hoje leva jogadores de alto nível técnico e pessoas de alto gabarito. Tinha respeito grande das pessoas, não tive nenhum tipo de problema, era uma relação excelente. Como eu observava muito o elenco profissional e sabia a característica dos jogadores, muita coisa foi feita em cima dos que já estavam acostumados. Não levei nova maneira de trabalho, me adaptei ao que já sabiam bem e levavam ao pé da letra. A partir do momento que houve mudanças de comissão, outras formas de pensamento, cada profissional tem sua forma de trabalhar e respeitamos. É preciso ter a percepção do que você tem nas mãos, a característica dos jogadores e a forma de atuar.

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Passagem de Bruno Lage e virar treinador a pedido do grupo
– É questão de administração de cima para baixo, uma coisa muito relevante. Em função do momento do clube, ser o primeiro colocado, ter feito primeiro turno histórico. Quando assumimos, Cláudio Caçapa e eu, houve ali na vinda do Bruno Lage uma mudança em termos de característica de trabalho. Bruno procura proposição maior de jogo, diferente do que era aquele momento o trabalho do Luís Castro com elenco. Quando houve a tentativa de mudança, de fato gerou alguma insatisfações em questões do momento. Tivemos jogador lesionado, suspenso, o que faz parte de competição longa. Dificilmente alguém consegue manter o que havia sido feito por tanto tempo. A partir do momento que houve mudança de comando, era automático que, em função daquilo que o novo treinador, Bruno, entendia de futebol, foi pensando a forma de colocar dele. Ele entendia que não era mais a equipe do Luís Castro, era a equipe do Bruno Lage, queria fazer o que compreendia do futebol. Quando saiu, foi uma surpresa. Quando houve a saída dele e a reunião que os jogadores pediram para o John Textor para que não viesse outro novo treinador com outra forma de trabalhar, veio essa questão de me ter como a pessoa que conhecia o elenco e o grupo. Assumi em um jogo difícil contra o Fluminense, ganhamos, assim como do América-MG, depois veio sequência de empates e derrotas, veio a mudança. Quando houve o pedido de troca, a partir dos jogadores, é difícil vir um novo pedido para manter o treinador e ir até o final, porque perderam um pouco a força. Quando você está por cima, as pessoas compram sua ideia, quando está por baixo ninguém quer por a cara. Na minha visão, foi o que aconteceu.

Respaldo de Textor a Bruno Lage
– Cada profissional tem sua linha de trabalho. Tem treinador que prefere marcar e jogar na transição. Tem treinador que fica maluco se o time não sair jogando, quer ter o comando do jogo. Cada um tem sua forma de enxergar o futebol. A partir do momento que houve a mudança, não sei se vocês se recordam, no dia da apresentação do Bruno Lage, o próprio dono do clube, o Textor, deu entrevista falando do risco que assumiria, porque por mais que estivesse ganhando jogos não estava contente com algumas apresentações do Botafogo. Se puxar a coletiva, vai ver isso. Tanto que ganhamos do Grêmio, que fez baita jogo, mas o Botafogo foi o que era no primeiro turno, tinha uma oportunidade, fazia o gol e se defendia bem. Tanto que foi a defesa menos vazada do primeiro turno. O time tinha esse espírito, era esse o modelo de jogo. Às vezes era dominado, fazia o gol e ganhava o jogo. Mas não era o jogo que o Textor entendia para o time dele. Trouxe o Bruno por jogo mais propositivo, mas já havia um modelo para os jogadores. Isso aí deveria ser feito ao término do campeonato. Era essa a pauta que eu tinha com um auxiliar do Bruno, dizia “não tentem mudar muito, olha a dificuldade que os jogadores estão tendo para mudar isso”. Mas eu era só um auxiliar, tinham dois auxiliares dele e o pessoal da análise, a última palavra para definir era deles. Para o momento que o clube estava passando, talvez não fosse a situação melhor, tanto que não finalizou da melhor forma. Muito disso foi em razão das escolhas feitas pelas pessoas do próprio clube.

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Relação com o Botafogo
– O que posso falar, a respeito do que era o Botafogo que eu conhecia, por gostar de futebol, acompanhava mesmo estando em outro estado grande parte dos jogos pelo Brasil. O Botafogo de 95 marcou época, marcou uma geração. Depois teve outra situação em 97 em relação a título. A partir dali não houve mais nenhum tipo de contexto vitorioso no Botafogo. Em 98 teve o Rio-São Paulo. Até 2005, o Botafogo passou tempo difícil, um rebaixamento, nem classificações para fases finais do Carioca. Me recordo que tinha muita dificuldade, com todo respeito, contra o Americano. Quando chego em 2006, começa minha história no clube, não que eu cheguei e ganhou. Como muitas pessoas falaram besteira que onde cheguei perdeu. Em 2006 e 2010 fui campeão estadual, em 2007 houve toda aquela questão em relação ao que o time ganhou, brigou grande parte do Brasileiro com o São Paulo. Quando estive, pelo menos o Botafogo brigou por algo. Fui feliz de fazer parte de momento de reconstrução do clube, reconquista de título, fomos campeões estaduais depois de nove anos. Dos últimos 20 anos de clube, quantos jogadores foram campeões duas vezes? Eu sou um deles. Por mais que tenha sido campeão estadual, fui duas vezes. Quantos milhares de jogadores atuaram? São vários. Tem jogador que passou no clube e talvez nem jogou. Esses jogadores que fizeram parte do nosso contexto fizeram boa passagem no Botafogo. Foi final em 2007, foi final em 2008. Eu acabei saindo do clube, mas quem permaneceu fez final em 2009. Quando voltei, fiz final em 2010 e fui campeão. Depois saí do clube. Volto para contexto onde clube vivia momento difícil, pandemia, como parte de comissão técnica. O clube vivia momento difícil, acabou sendo rebaixado. Aí veio a SAF, mudou o Botafogo, trouxe outra expectativa, houve injeção de dinheiro. O Botafogo mudou completamente nesse sentido. Antigamente eu trabalhando no Botafogo foram alguns momentos como jogador que recebi rigorosamente em dia. Hoje o clube não passa por isso, talvez seja uma das sete maiores folhas. É outra realidade. Expectativas vão ser criadas porque o Botafogo traz jogador da Europa, onde isso seria possível? É um clube bem diferente.

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Sentimento
– Falo com todo coração, não espero reconhecimento de homem, nossa vida não pode ser pautada por isso. Mas tenho gratidão enorme pelo clube, por minha passagem como atleta e como membro de comissão técnica. Foi muito importante. Agradeço a Deus, até por ter pego início da SAF, porque eu sabia o que era o Botafogo antes e o que é hoje. É claro que muda-se, o clube é empresa, tem dono. Em razão disso, sabemos que o futebol é baseado em resultados.

Veja o vídeo abaixo:

Fonte: Redação FogãoNET e canal Nosso Futebol

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