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Lucio Flavio explica transição no Botafogo e se preocupa com lado humano: ‘Humanidade está difícil, temos que olhar o próximo e levar o melhor de nós’

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Por FogãoNET

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Lucio Flavio foi um jogador com cinco temporadas de Botafogo e mais de 200 jogos. No fim da carreira, começou a transição para treinador. Hoje interino, ele contou o que mudou nesse período e como foi assumir o comando da equipe, que venceu o Fluminense por 2 a 0 neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

– O que mudou foi que fiquei mais velho, sempre fui muito observador, trocava informações com treinador. Almejava trabalhar no futebol, minha área sempre foi o campo. É lógico que o Botafogo me deu oportunidade de vir trabalhar como auxiliar, houve mudança com a SAF, sempre procurei me preparar. Não fazia parte diretamente do profissional, mas com a integração que começou quando eu era treinador do sub-23, pude acompanhar em alguns momentos os treinos, assistir a todos os jogos. Sempre fui muito observador, de procurar entender o que estava se passando. Tanto que em uma situação de imediatismo após a saída do Luís (Castro), fizemos trabalho com Cláudio (Caçapa), foi de dar sequência, depois viria outro profissional, com outra visão, foi o que aconteceu – declarou.

– A torcida nesse segundo momento meu praticamente não me viu. Está sendo um processo em relação a essa carreira. Vim para ser um auxiliar do clube, hoje me foi designado para estar aqui como o homem da liderança. É um trabalho compartilhado, temos pessoas muito capacitadas, que gostam do clube. Por mais que o próprio torcedor às vezes não entenda, cada pessoa expressa de um jeito seu sentimento, mas estamos aqui para fazer o Botafogo estar em primeiro lugar. É o mais importante – acrescentou.

O treinador interino contou como vê futebol e tenta transmitir ao elenco.

– Gosto que os jogadores eles primeiro tenham a percepção que, se não quiserem, não entenderem o que você transmitir, é muito difícil para o treinador. Gosto primeiro de ter a percepção do que temos e respeitar as características. Sempre fui um meia, gostava de ter a bola, de jogar. Enquanto treinador quero o melhor futebol possível, mas tem que ser o mais objetivo possível para alcançar o que todos querem, que é vencer os jogos – explicou.

Lucio Flavio ainda tem uma preocupação humana.

– Não posso ser diferente disso, sou um ser humano como qualquer outro, estou em uma posição que é uma honra para mim. Porque as pessoas confiaram em mim, (André) Mazzuco, (Alessandro) Brito, John Textor, os responsáveis pelo futebol do clube. Agradeço a Deus pelo privilégio de poder estar aqui. Há alguns meses atrás estava acompanhando os jogos da cadeira, era funcionário do clube, falava com quem trabalha comigo que temos que ser os melhores possíveis enquanto pessoas. A humanidade está caminhando para lado difícil, de pessoas egoístas, egocêntricas, temos que ser diferentes, olhar para o nosso próximo e levar o melhor de nós para os serem humanos. Temos acompanhado a guerra em Israel, são coisas complicadas para vermos. Hoje somos privilegiados de estar no Botafogo, líder da competição, acho que as pessoas têm essa percepção que estamos em uma passagem e temos que deixar o melhor nessa caminhada, fazer que as pessoas lembrem de nós nesse sentido, para termos possibilidade de dar alegria para a torcida e carinho para as pessoas. Confundem por eu ter sido jogador, ter tido anos no clube, mas não sou diferente de ninguém, temos que tratar da mesma forma todos que estão ao nosso redor – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET

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