quanto ganha um auxiliar técnico de futebol
Auxiliar de Luís Castro, João Brandão revela paixão pelo futebol sul-americano: ‘Estou a usufruir a cada dia minha estadia no Botafogo’
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Por FogãoNET
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Auxiliar técnico de Luís Castro no Botafogo, João Brandão concedeu interessante entrevista ao podcast “Campo dos Sonhos”. O profissional revelou que tinha como objetivo trabalhar na América do Sul e explicou o motivo.
– Quem já trabalhou comigo sabia da minha paixão pelo futebol sul-americano, pela paixão dos adeptos, pelo perfil dos jogadores, estou a viver e a usufruir a cada dia a minha estadia no Brasil e no Botafogo. Aqui se vive o futebol em estado puro. Tem coisas boas e coisas más, quando se ganha tudo é bom, quando se perde é tudo muito mal. Faz parte da paixão e da emoção, quando somos apaixonados perde-se a racionalidade. Tinha muita vontade e continuo com muita vontade de estar América do Sul, fui à vizinha Argentina para viver o que era o futebol argentino e a Bombonera. Valorizo muito o que vivo e onde estou neste momento – disse João Brandão, que planeja trabalhar até nas férias.
– Há diferentes contextos, como na Europa. Vou ter férias e, curiosamente, marquei viagens para ver jogos em diferentes países no período de férias. É para me preparar, analisar, refletir, falar com quem está lá, é o que posso fazer para hoje, amanhã e depois ser o melhor treinador assistente, o melhor treinador no Botafogo, o melhor colaborador do Luís Castro. O futebol é cada vez mais global – ponderou.
A ligação com Luís Castro começou quando trabalharam juntos no Porto, onde conquistaram a Segunda Liga com o time B.
– Mais para a frente, nossos destinos voltaram a se cruzar, ele me convidou para o Shakhtar (UCR), primeira aventura internacional, contexto particular, clima, contexto competitivo, pré-temporada no meio do ano, dois anos fantásticos, com Champions League e Liga Europa, o mais alto nível de futebol dos clubes. Depois teve o Qatar, com conquista, e cá estamos, neste contexto Brasil, América do Sul, com mais calor que na Ucrânia, mas tem sido fantástico. Tem sido extremamente enriquecedor – destacou.
?️ Leia outras respostas de João Brandão:
Adaptação ao futebol brasileiro
– Há duas questões importantes. A primeira foi termos chegado já com a temporada em curso, fim de março, coincidiu com o fim do Carioca. Tem a ver com preparação, não houve pré-temporada, aquela fase preparatória da equipe e nossa mesmo em contexto diferente. São os jogadores que se adaptam aos treinadores e os treinadores aos jogadores. Toda a estrutura se adapta, mas a comissão técnica também se adapta ao contexto que encontra. O segundo fator foi que, como o Botafogo vinha da Série B, não estava a competir torneios sul-americanos. Essa densidade encontramos de forma mais dosada, não foi com o volume do Palmeiras, que tem o Abel (Ferreira), ou o Flamengo, quando tinha o Jorge (Jesus). Chegaram às retas finais das competições. Esperamos que isso aconteça conosco, que será um bom sinal.
Forma de preparação
– Em primeiro lugar é um trabalho de equipe, como a comissão técnico trabalha o adversário e o jogo. De forma rápida e esclarecedora, a preparação apara o adversário seguinte começa antes do adversário que vamos jogar, por parte da análise. Só assim se consegue fazer planejamento a médio prazo, apresentar ao treinador e ter tempo para preparar as coisas. Esse é o primeiro ponto. Outros têm a ver com os diferentes processos de filmagem. Departamento de análise e Nuno Baptista vão trabalhando o adversário, depois passam volume grande de informações. A forma que eu recebia me condicionava a ver a forma de jogo, agora prefiro ver o adversário, depois a análise. Outro passo é apresentar ao treinador, o que é muito mais filtrado, objetivo, dentro do nosso contexto de jogo e do padrão comportamental da nossa equipe. A forma como gerimos a informação e a trabalhamos durante a semana. O que chega a nós é diferente do que aos jogadores.
Função
– As funções do treinador assistente são de planejamento e preparação do treino. Conhecimento do adversário se leva no dia a dia. Essa função é de enorme importância, análise do adversário e plano estratégico. O treinador principal tem abrangência e inúmeros campos onde tem uma intervenção decisiva. Acho que é fundamental que o líder se rodeie dos melhores e consiga liderar os melhores. Se conseguir fazer isso, está no caminho certo.
Dinâmica no intervalo dos jogos
– Estou em contato com o Nuno (Baptista), que tem uma perspectiva diferente do jogo (por ver de cima) e acesso às imagens. Ao intervalo, há uma rápida reunião. Aliás, no período final da primeira parte, que pode ser presencial ou uma checagem. Para depois sermos muito objetivos na passagem de informação ao Mister, para o que chega ser muito objetivo e filtrado. O intervalo tem espaço de tempo curto, não pode estar cada a um a dizer uma coisa, tornar confuso e pouco eficaz. Vai de encontro a apresentação de imagens ao treinador e a jogadores. Esse momento final permite fazer as filtragens.
Fonte: Redação FogãoNET e podcast Campo dos Sonhos
- Botafogo
- João Brandão
- Luís Castro
- Nuno Baptista
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