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Rafael Moura é apresentado pelo Botafogo: ‘É uma honra vestir essa camisa, estou muito empolgado’
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Por FogãoNET
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O experiente atacante Rafael Moura, de 38 anos, foi apresentado oficialmente à imprensa nesta segunda-feira como mais um reforço do Botafogo para a Série B. Ele foi a quinta contratação anunciada neste meio de temporada visando o acesso de volta à Primeira Divisão.
– Gostaria de agradecer a toda diretoria que fez um esforço enorme para a minha chegada. Estou muito feliz em vestir essa camisa, de muita história e de grandes ídolos. Passo aqui nas dependência do estádio e vejo a foto de grandes jogadores. É uma honra vestir essa camisa, estou muito empolgado com esse novo desafio que o Botafogo tem na temporada de voltar à Série A, é o nosso objetivo – afirmou, em suas primeiras palavras.
O He-Man afirmou que, apesar da idade e do longo tempo sem jogar – estava sem clube desde que deixou o Goiás, no fim de fevereiro -, sente-se apto a ajudar o Botafogo no intuito de retornar à Primeira Divisão.
– Não é agora que eu estou encerrando a carreira, com 38 anos, sem falsa modéstia, chegou muito bem para poder entregar grandes números. Tenho metas individuais no meu contrato, isso vai fazer me puxar, me dedicar, etc. Não gosto de fazer promessas ou metas, a minha meta principal vai ser o Botafogo retornar à Série A. Meus gols farão que isso possa se concretizar com a ajuda de todos os meus companheiros – disse.
Veja outros trechos da entrevista de Rafael Moura:
RECUSAS ANTERIORES
“Gostaria de explicar ao torcedor que sempre me apoiou, sempre me quis aqui no clube, com mensagens nas redes sociais. Algumas negociações foram inverdades, teve realmente em 2018 e 2019, com propostas oficiais, que infelizmente tive que recusar. Todo mundo sabe da doença que minha mãe teve e optei por ficar em Belo Horizonte ao lado dela. Infelizmente, ela veio a falecer, pude curtir esses últimos momentos dela. Ela é uma pessoa que amava o Rio de Janeiro e tenho certeza de que ela está muito feliz com essa oportunidade, com esse casamento. Sempre tive esse desejo depois dessa minha negativa de vestir a camisa do Botafogo.”
METAS
“Não é agora que eu estou encerrando a carreira, com 38 anos, sem falsa modéstia… chego muito bem para poder entregar grandes números. Tenho metas individuais no meu contrato, isso vai fazer me puxar, me dedicar, etc. Não gosto de fazer promessas ou metas, a minha meta principal vai ser o Botafogo retornar à Série A. Meus gols farão que isso possa se concretizar com a ajuda de todos os meus companheiros.”
COMO AJUDAR
“É um momento importante de reconstrução e reestruturação. Chego para agregar ao já qualificado grupo de jovens que o Botafogo tem nesse momento. A expectativa é a melhor.”
RAFAEL NAVARRO E MATHEUS NASCIMENTO
“Pelas palavras do Freeland, tenho essa responsabilidade pela minha experiência e liderança de ajudar os mais jovens. Eles têm grandes qualidades, precisam da maturidade, mas são extraclasses. O que eu puder ajudar em treinamento, em puxar fila, em demonstrar algum gesto técnico, conversa no dia-a-dia, vai ser importante para eles assim como eu tive nomes no meu início que me ajudaram muito. Isso faz grande diferença. Sou muito do treinamento, às vezes o exemplo é melhor na prática do que o dito somente com palavras. O maior exemplo é minha dedicação nos treinamentos e jogos para eles verem o quão necessário é ter esse tipo de atitude.”
SÉRIE B
“É a minha primeira Série B, mas sempre escutei que é muito difícil. Apesar de ter times grandes e campeões brasileiros, os times considerados menores estão fazendo grandes campanhas e dificultado bastante. Nosso trabalho tem que ser árduo, será uma jornada muito difícil. Nossa meta é a cada quatro jogos fazer no mínimo sete pontos para estar sempre brigando lá em cima para conseguir nosso objetivo principal no final do ano.”
QUANDO ESTARÁ APTO
“Todo mundo sabe do meu histórico de não gostar de ficar parado, fazendo minhas corridas, meu trail run, seja na parte física, na parte de força. Individualmente todo jogador que está parado tem dificuldade com trabalho de bola e coletivo. Fisicamente, nos testes, demonstrei que estou no padrão do grupo, mas ainda preciso de ritmo de treinamentos, coletivos, percepção de onde está o adversário. Isso pode demorar um pouquinho, mas garanto que eu também estou muito ansioso para estrear, não gosto de ficar de fora, ficar enrolando, mas não podemos atropelar o processo. O momento certo pode ser já nesse próximo final de semana, mas vai depender do treinamento e de como eu vou me sentir ao longo da semana. Se não for esse, será no outro. Peço um pouco de paciência, estou há três meses sem fazer uma partida. Sempre falamos de três a quatro jogos para estar em nível de excelência. Nesses jogos vou me dedicar 100%.”
PARENTESCO COM HELENO DE FREITAS
“É uma história muito bacana, o irmão da minha mãe está fazendo um livro sobre isso, estamos fechando a árvore genealógica. Ele era primo do meu avô materno, o pai da minha mãe. É um cara que representa muito, tem frases memoráveis, que não era jogador de futebol, mas do Botafogo, e que aqui não é lugar para covardes. Isso mostra muita personalidade e liderança, até uma certa rebeldia, mas uma rebeldia boa e sadia que incentivava seus companheiros. Fora os grandes lances e o número de gols que ele fez. Brinquei sobre ser 1%, mas se puder aumentar essa porcentagem, ótimo. Ver os grandes ídolos todo dia vai me dar essa força e ter esse parentesco com o Heleno é um algo a mais por toda essa representatividade que ele tem com o clube.”
DEFICIÊNCIAS OFENSIVAS NO BOTAFOGO
“Os meninos jogaram muito bem contra o Coritiba. O Chay fez uma belíssima partida, Navarro, Marco Antônio… A comissão técnica e os próprios jogadores de que precisa ter mais calma nessa transição, nesse contra-ataque, porque não adianta roubar a bola e entregar em seguida. No início da transição, onde os volantes e laterais vão tentar me achar para eu segurar a bola, vai ser muito importante e podemos tirar proveito disso. Os meninos que jogam ali são muitos rápidos e inteligentes e tenho certeza de que vamos conseguir grandes feitos pelo clube.”
CONVITE ACEITO
“O fator principal foi o apoio do torcedor. Até mesmo os xingamentos que fizeram parte daquela minha negativa, porque minha mãe estava com câncer terminal. Estava com angústia de resolver essa história, de vestir a camisa do Botafogo e poder entrar para a história de um clube com uma camisa tão pesada. Dessa vez, mesmo eu estando livre e com propostas de outros clubes, eu tinha que vir para o Botafogo e ajudar a fazer parte dessa reconstrução. Tinha que dar uma resposta ao torcedor. Está na hora de retribuir esse carinho que recebo desde 2018 nas minhas redes sociais.”
O QUE O TIME PRECISA?
“O principal é ter uma espinha do time, com uma mescla de experiência e juventude. Série B tem intensidade diferente, a competitividade é muito acirrada. Tenho certeza de que nosso grupo está muito bem preparado, a comissão sempre nos exige 110%, uma transição rápida, uma retenção de bola quando necessário e um time acima de tudo competitivo. Só vai subir o time que for competitivo do início ao fim. Ainda temos muito para crescer ao longo do campeonato.”
BUSCA PELO CAMISA 10
“Como parte do elenco, não seria importante falar de qualquer necessidade que o grupo tem. O torcedor está carente e pedindo um camisa 10, mas nos últimos jogos o grupo está superando isso de uma outra maneira. Os laterais e os volantes têm muita qualidade, os dois extremos… Chegaram alguns jogadores novos, ainda é um time formação que quando estiver encaixadinho vão se criar mais chances. O centroavante não pode ficar dependente só do último passe. Se estão se criando poucas chances, tem que aprimorar no treinamento para traduzir uma chance que tiver em gol. Não podemos transferir responsabilidades, quando a bola chegar tem que fazer da melhor maneira.”
RECEPÇÃO
“É um grupo maravilhoso, me recebeu super bem. Vejo um brilho nos olhos da maioria. É um grupo que quer e precisa vencer no futebol, muito jovem e isso é muito bacana. Temos jogadores experientes e várias outras lideranças. Se somar forças e manter um elenco saudável, vai ser bom para todo mundo. Por onde passei tenho liderança e cobrança, exijo muito primeiro de mim e do grupo. Não gosto de perder, vocês vão ver eu exaltado, cobrando o grupo, mas sempre de uma maneira bacana, subindo o safarro, querendo algo a mais no dia a dia. Sou um cara agregador, de grupo, converso e brinco com todos os funcionários e jogadores. Assim como eles me receberam super bem, nosso convívio será maravilhoso e os resultados também interferem bastante.”
NÚMERO DA CAMISA
“Tem muita história em certos números, é uma responsabilidade grande eu poder escolher, tem a 7, 13, a 9, a 10, a 1… (risos) Tem muita história aqui e representatividade. Não tenho preferência, deixei a cargo do Freeland e da diretoria e na minha estreia vocês terão a surpresa de qual número eu poderei usar.”
Veja a apresentação de Rafael Moura na Botafogo TV:
Matéria em atualização
Fonte: Redação FogãoNET
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