20/11/2021 13:50 – EM Futebol Fluminense vai homenagear grandes personalidades negras de sua história Jogadores estamparão nome de históricos personagens nas camisas no jogo deste domingo Compartilhe
Quando entrarem no gramado do Maracanã para a partida contra o América-MG, neste domingo, às 17h, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, os jogadores do Fluminense não terão seus nomes estampado às costas. Em seus lugares, serão homenageadas grandes personalidades negras da história do clube.
Todos os 23 atletas relacionados para o confronto recordarão diferentes personagens, jogadores ou não, que já morreram, mas seguem eternizados na memória tricolor. Todas as camisas serão leiloadas na plataforma Play for a Cause e a quantia arrecadada será destinada às entidades “Nóiz Projeto Social” e “Escola de boxe Eduardo Cardoso – Team Cachorrão”.
O leilão das peças será aberto às 14h deste sábado (20/11) e acontece até o próximo dia 30/11 no site https://playforacause.com.br/fluminense. O lance mínimo para cada camisa é de R$ 700,00.
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Conheça todas as personalidades homenageadas na ação deste domingo:
Robson e Jair Santana
Robson marcou a história do Fluminense de 1950 a 1959, atuando como meia-esquerda e carregando as três cores em 282 jogos. Jair Santana representou o Tricolor de 1952 a 1960 como volante em 332 partidas. Ambos foram integrantes do elenco campeão mundial, na Copa Rio de 1952.
Oliveira e Toninho
Ambos atuaram como laterais, pela direita, se revezando na posição. Oliveira integra a lista dos 20 jogadores que defenderam mais vezes a camisa tricolor. Toninho, apesar de menos tempo de clube, também participou de títulos e conquistas importantes.
Escurinho
Com cerca de 500 jogos com a camisa tricolor, Benedito Custódio, conhecido como Escurinho, está entre os jogadores que mais atuaram pelo Fluminense. Fez mais de 100 gols entre os anos 1950 e 1960.
Seu Fidélis e Bené
Fidélis André Terra ficou conhecido por ser dono do tradicional bar localizado na sede do clube, em Laranjeiras. Com mais de 50 anos, o bar fica na frente da entrada social. Benedito da Silva, também conhecido como Bené, dedicou sua vida ao Fluminense, onde trabalhou como treinador dos times de vôlei e descobriu talentos como Bernardinho, Fernandão e Badalhoca.
Peitão e Baiana
Peitão, torcedor ilustre e campeão de boxe, tinha livre acesso nos dias de treinos e jogos, porém, não gostava de ficar parado. O fuzileiro naval circulava por toda a área, incentivando os atletas com maior liberdade. Em 1927, assumiu a chefia da torcida tricolor com seu marcante grito “É Flu”. Maria Cecília, conhecida como Baiana, era uma torcedora assídua, presente em todos os jogos. Cantava, sofria e comemorava os resultados do time. Vendedora ambulante no Largo da Carioca, esteve presente no dia da demolição de parte da arquibancada do Estádio de Laranjeiras, debulhando-se em lágrimas.
Barriga e Batista
Barriga foi um ilustre torcedor. Na vitória ou na derrota, ele bebia, ficando conhecido por suas tradicionais bebedeiras para comemorar ou afogar as mágoas. Batista, sargento da Marinha e companheiro de arquibancada de Arnaldo Guinle, Afonso de Castro e Coelho Netto, possuía livre acesso às dependências do clube nos dias de treinos e jogos. Apaixonado pelo clube, não deixava de estampar seu sorriso quando se referia ao Fluminense.
Donga
Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido como Donga, frequentava rodas de samba e candomblé nos terreiros, cantadeiras, festeiras e mães-de-santo. A partir daí, nasceu o samba como o conhecemos hoje. Donga era torcedor do Fluminense, assim como diversos outros grandes nomes do samba.
Jorge Lafond
Jorge Lafond foi um ilustre torcedor tricolor. Ator, seu principal personagem foi “Vera Verão”. Além disso, era comediante e dançarino.
Jovelina e Wilson Moreira
Jovelina Pérola Negra foi uma cantora e compositora brasileira. Cantava samba com sua voz forte, rouca, com um tom popular e força batente. Jovelina nasceu em Botafogo e torcia para o Fluminense. Wilson Moreira foi um sambista e compositor de grandes sucessos gravados por Zeca Pagodinho como “Quintal do céu”.
Tião Macalé
Tião Macalé, dos Trapalhões, conhecido como “Nojento, tchan!”, era torcedor do Fluminense e assíduo frequentador dos estádios. Chegava a passar mal em partidas do Tricolor.
Cartola
Fundador da escola de samba Mangueira, Cartola era espectador de treinos na época do time tricampeão carioca em 1919. Aos oito anos, se mudou para o bairro de Laranjeiras, bem próximo ao Fluminense, onde morou com sua família e se tornou tricolor, tendo Marcos Carneiro de Mendonça como grande ídolo.
Chico Guanabara
Com os primeiros jogos do Fluminense surgiu também o primeiro torcedor, um homem que berrava a plenos pulmões durante 90 minutos, incentivando o time. Chico Guanabara, respeitado capoeirista, morava no Retiro da Guanabara, atual Álvaro Chaves, nos fundos do campo do Tricolor.
Washington e Assis
O “Casal 20” chegou em 1983 ao Fluminense, após o sucesso no Athletico-PR. Como protagonistas, conquistaram o tricampeonato carioca, entre 1983 e 1985, além do Campeonato Brasileiro de 1984.
Waldo
Quando Waldo se firmou no time principal, nunca mais parou de fazer gols e tornou-se o maior artilheiro da história do clube, marca que lhe pertence até hoje. Sua venda para o Valencia, da Espanha, deixou uma lacuna que levou anos para ser preenchida.
Didi
Um dos maiores jogadores de todos os tempos. Seu desempenho em campo lhe rendeu o nome de “Mr. Football”. Maestro das seleções brasileiras campeãs mundiais de 1958 e 1962, autor do primeiro gol da história do Maracanã e inventor da “Folha Seca”, Didi brilhou como um dos destaques da conquista do Mundial de 1952 (Copa Rio). Anos mais tarde, foi técnico da Máquina Tricolor, em 1975.
Altair e Jair Marinho
Apelidado Fiapo, Altair era um lateral exemplar, quarto jogador com mais atuações pelo Flu. Esteve na Seleção bicampeã mundial de 1962, junto com Jair Marinho, seu grande parceiro dentro e fora do campo. Após encerrar a carreira de jogador, Altair trabalhou por muitos anos em Laranjeiras como treinador, ou parte da comissão técnica.
Bigode
Vestindo a camisa do Flu, contra o Peñarol, pelo Mundial de 1952 (Copa Rio), Bigode pôs no bolso o homem que tinha feito o Maracanã chorar. E o Flu venceu por 3×0. Bigode voltou a vestir a “sua” camisa tricolor até o fim de sua carreira, com a qual pediu em vida para ser sepultado.
Pinheiro
Pinheiro dedicou quase toda sua vida profissional ao Fluminense. Estreou com apenas 17 anos e rapidamente transformou-se em um dos alicerces do time. Foi o segundo jogador que mais defendeu o Flu em toda história. Ao pendurar as chuteiras, virou técnico do clube e dedicou-se a revelar talentos. Ao morrer, teve a justa honra de ser o primeiro jogador profissional velado no Salão Nobre do clube.
Carlos Alberto Torres
Criado nas divisões de base das Laranjeiras, é considerado por muitos um dos maiores laterais direitos de todos os tempos. Sucedeu Jair Marinho e foi um dos destaques do título carioca de 1964. Em 1976, quando muitos já o julgavam acabado para o futebol, voltou e foi campeão, com o mesmo brilhantismo de outros tempos. Em 1984, já fora das quatro linhas, ajudou o clube a contratar o paraguaio Romerito, com quem havia jogado no Cosmos, e como técnico conduziu o time a mais um título carioca.
Cafuringa
Sua carreira no clube começou no fim dos anos 1960. Como ponta direita, Cafuringa foi quatro vezes campeão carioca vestindo a camisa tricolor. Foi conhecido por sua velocidade e habilidade no momento de ultrapassar seus adversários. Era muito querido pela torcida.
Carlos Alberto
Em 1914, Carlos Alberto estreou no Fluminense. Em um jogo contra o América, seu time anterior, as referências à utilização de “pó de arroz” começaram. Desde então, a torcida tricolor ressignificou os gritos, que vieram por parte da torcida rival como uma tentativa de ofensa. O pó de arroz, então, virou um grande símbolo das festas na arquibancada.
Alfredo Guimarães
Em 1910, Alfredo Guimarães começou sua trajetória no Fluminense atuando como meio de campo sendo o primeiro atleta negro na história do clube. Alfredo esteve presente na goleada onde o Tricolor venceu o Rio Cricket por 4 a 1, pelo Campeonato Carioca.
Veludo
Iniciando sua carreira jovem, Veludo defendeu o Tricolor de 1949 a 1956, onde atuou como goleiro e revezou a posição com Castilho. Caetano da Silva também fez história no futebol brasileiro nos anos 1950, ao ir para a Copa do Mundo de 1954, como reserva de Castilho, ambos goleiros do Fluminense.
Texto: Comunicação/FFC
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